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Uma viagem nos direitos das crianças

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Poucos escritores (talvez Mark Twain, Lewis Carroll, Ian McEwan) conseguiram nos devolver a verdadeira voz da infância, sem caírem em falsificações ou distorções. De fato, nos livros escritos pelos adultos, as palavras confiadas às vozes das crianças assumem, com frequência, um estranho sabor artificial, que lhes faz perder o frescor e a originalidade.

Edição: 1.ª

Chancela:  Solisluna, Selo Emília e Reggio Children

Autor(es): As próprias crianças 

Formato: 15 x 21 cm | 64 Páginas | Capa Mole

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Poucos escritores (talvez Mark Twain, Lewis Carroll, Ian McEwan) conseguiram nos devolver a verdadeira voz da infância, sem caírem em falsificações ou distorções. De fato, nos livros escritos pelos adultos, as palavras confiadas às vozes das crianças assumem, com frequência, um estranho sabor artificial, que lhes faz perder o frescor e a originalidade.

Então quem pode dizer que já ouviu ou leu a verdadeira e direta voz das crianças? Poucos, aliás, pouquíssimos, são os adultos que podem responder positivamente a estas perguntas, até porque, na literatura mundial, as crianças certamente foram os sujeitos mais amordaçados e calados.

Com relação às crianças parece ter sido colocada em ação, talvez inconscientemente, uma autêntica conspiração do silêncio.

Mas as crianças falam, sempre falaram, ainda que as suas palavras não tenham deixado rastros e raramente foram escutadas.

E mesmo se, às vezes, as palavras das crianças pareçam estranhamente parecidas com as nossas, elas evocam mundos e significados distantes e ignorados para os quais nós, adultos, ficamos frequentemente surdos e insensíveis.

Dar voz à infância significa, portanto, dar crédito ao direito das crianças de serem autoras primárias das próprias vidas. Dar a palavra às crianças é a corajosa aventura desta publicação editorial que quer estimular os nossos ouvidos a escutarem essa “voz inexistente”.

9786586539813

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